FAQ

O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um transtorno do desenvolvimento que afeta a maneira como a pessoa se comunica e interage com o mundo ao seu redor.

Os sinais do Transtorno do Espectro Autista (TEA) se manifestam de diversas maneiras, variando de pessoa para pessoa. É importante salientar que não existe um único padrão de comportamento para o autismo. Os sinais do TEA variam muito e cada pessoa é única. Alguns sinais comuns:

Comunicação: Atraso na fala, ecolalia, dificuldade em entender linguagem figurada, dificuldade em iniciar e manter conversas.

Interação social: Dificuldade em fazer contato visual, falta de interesse em outras crianças, dificuldade em compreender as emoções dos outros, dificuldade em fazer amigos.

Comportamentos: Movimentos repetitivos, interesses restritos, apego a rotinas, resistência a mudanças.

Não, o autismo não é uma doença. É um transtorno do neurodesenvolvimento, o que significa que afeta a maneira como o cérebro se desenvolve e funciona.

Sim, existe tratamento para o autismo. O objetivo do tratamento é ajudar a pessoa com autismo a desenvolver suas habilidades e alcançar seu potencial máximo. O tratamento pode incluir:
Terapia ABA: A terapia ABA (Análise do Comportamento Aplicada) é um método científico que utiliza técnicas de reforço positivo para promover o desenvolvimento de habilidades e comportamentos desejáveis em pessoas com autismo.
Terapia ocupacional: A terapia ocupacional ajuda a criança a desenvolver habilidades motoras finas e grossas, coordenação, percepção sensorial e autonomia nas atividades de vida diária.
Fisioterapia: A fisioterapia ajuda a criança a desenvolver habilidades motoras grossas, equilíbrio, força muscular e postura.
Fonoaudiologia: A fonoaudiologia ajuda a criança a desenvolver habilidades de comunicação verbal e não verbal, linguagem e fala.
Psicoterapia: A psicoterapia ajuda a criança a lidar com questões emocionais e sociais, como ansiedade, depressão e dificuldade de interação social.

Sim, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) se apresenta em um espectro, o que significa que a intensidade dos sintomas pode variar muito de pessoa para pessoa. Os níveis do TEA são classificados com base no nível de suporte necessário:
Nível 1 (leve): A pessoa pode ter dificuldade em algumas áreas da comunicação social e interação social, mas geralmente é capaz de viver de forma independente.
Nível 2 (moderado): A pessoa tem mais dificuldade em comunicação social e interação social, e pode precisar de mais suporte para viver de forma independente.
Nível 3 (grave): A pessoa tem grande dificuldade em comunicação social e interação social, e precisa de suporte substancial para viver de forma independente.

O diagnóstico precoce de autismo é importante por diversas razões:
Intervenção mais eficaz:
Cérebro da criança se desenvolve mais rápido nos primeiros anos.
Permite iniciar o tratamento mais cedo, maximizando o potencial da criança.
Apoio para a família:
Fornece informações e recursos para lidar com o autismo.
Reduz estresse e ansiedade da família.
Acesso a direitos e benefícios:
Educação especial
Terapia ocupacional
Benefícios previdenciário
Qualidade de vida:
Melhora a qualidade de vida da pessoa com autismo.
Promove inclusão social e participação em atividades
Redução de custos:
Previne problemas secundários e reduz custos a longo prazo.

Não, não significa isso. O diagnóstico tardio de autismo não impede o tratamento. Pessoas de qualquer idade podem se beneficiar do tratamento, mesmo que o diagnóstico tenha sido feito mais tarde na vida. No entanto, é importante ressaltar que o diagnóstico precoce é importante pois o tratamento precoce pode maximizar o potencial da criança e melhorar significativamente suas habilidades de comunicação, socialização e comportamento.

A causa do autismo ainda não é totalmente compreendida. No entanto, pesquisas científicas indicam que o autismo é um transtorno complexo, resultado da interação de fatores genéticos e ambientais.

Os sintomas do autismo podem variar muito de pessoa para pessoa, mas geralmente se dividem em duas áreas principais:
1. Dificuldades na comunicação social e interação social:
Dificuldade em manter contato visual.
Dificuldade em iniciar e manter conversas.
Falta de interesse em interagir com outras pessoas.
Dificuldade em compreender as emoções e intenções dos outros.
Comportamentos repetitivos e estereotipados
2. Comportamentos restritos e repetitivos:
Movimentos repetitivos, como balançar o corpo ou bater as mãos.
Interesses restritos e intensos em um único assunto.
Dificuldade em lidar com mudanças na rotina.
Sensibilidade a estímulos sensoriais, como luz, som ou toque.

O diagnóstico do autismo é essencialmente clínico, realizado por uma equipe multidisciplinar, geralmente composta por:
Neurologista: avalia o desenvolvimento neurológico da criança.
Psiquiatra: avalia os aspectos psicológicos e comportamentais da criança.
Psicólogo: realiza testes e entrevistas para avaliar as habilidades sociais e de comunicação da criança.

Fonoaudiólogo: avalia a fala e a linguagem da criança.

Terapeuta ocupacional: avalia as habilidades motoras e sensoriais da criança.

Os sinais de autismo geralmente podem ser detectados nos primeiros anos de vida.
Em muitos casos, o diagnóstico é feito entre os 2 e 3 anos de idade.
No entanto, é possível que o diagnóstico seja feito em uma idade mais avançada, especialmente se os sintomas forem menos graves.
Não, o autismo não tem cura.
É uma condição do neurodesenvolvimento, o que significa que afeta a forma como o cérebro funciona e se desenvolve. Apesar de não ter cura, intervenções terapêuticas iniciadas precocemente podem ajudar muito a pessoa com autismo a desenvolver habilidades e independência.
Sim, a terapia familiar pode ser muito útil para famílias com pessoas com autismo. O importante é que a família se sinta confortável com o profissional e que a terapia seja adequada às suas necessidades.
A Lei Berenice Piana (12.764/12) estipula que a pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência para todos os efeitos legais, garantindo aos autistas as mesmas proteções do Estatuto da Pessoa com Deficiência.
O número de horas para intervenção em Análise Aplicada do Comportamento (ABA) é determinado por uma equipe multidisciplinar.
Uma liminar judicial no tratamento do autismo é uma decisão provisória tomada por um juiz que obriga o plano de saúde a fornecer um determinado tratamento ou procedimento para uma pessoa com autismo, mesmo que esse tratamento não esteja previsto no rol de procedimentos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
O rol de procedimentos e eventos em saúde da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) é uma lista de procedimentos, exames e tratamentos com cobertura básica que deve ser oferecido ou custeado pelos planos de saúde. O rol determina a cobertura mínima obrigatória válida para os planos contratados. Procedimentos para o tratamento do Autismo não estavam descritos no Rol da ANS. Dessa maneira, a votação que determinou que o Rol de procedimentos da ANS é taxativo, desobrigava os planos de saúde a cobrir ou reembolsar terapias e atendimentos indicados pelos médicos.

A ANS, através da Resolução Normativa nº 539/2022, ampliou significativamente a cobertura para o tratamento de autismo e outros transtornos globais do desenvolvimento (TGD). A partir de 1º de julho de 2022, os planos de saúde são obrigados a oferecer cobertura para:

  1. Qualquer método ou técnica indicado por médico:

A cobertura inclui métodos e técnicas que não estejam no Rol da ANS, desde que haja indicação médica expressa e fundamentada em critérios científicos e técnicos. A responsabilidade pela escolha do método ou técnica mais adequado para cada caso é do médico assistente, em conjunto com o paciente e sua família.

  1. Sessões ilimitadas com:

Psicólogos: para terapia individual, familiar e em grupo.

Fonoaudiólogos: para avaliação, diagnóstico e tratamento de distúrbios da comunicação e linguagem.

Terapeutas ocupacionais: para desenvolvimento de habilidades motoras, sensoriais e de autocuidado.

Fisioterapeutas: para desenvolvimento de habilidades motoras grossas e finas.

  1. Outros procedimentos:

Terapia ABA (Análise Aplicada do Comportamento): sem limite de sessões, desde que haja indicação médica e equipe qualificada.

Materiais e equipamentos específicos: como softwares, tablets e outros recursos necessários para o tratamento.

Medicamentos: conforme o disposto no Rol da ANS, incluindo antipsicóticos, antidepressivos e ansiolíticos.

Diagnóstico: incluindo testes e avaliações multidisciplinares para confirmar o diagnóstico de autismo.

  1. Atendimento multidisciplinar:

A cobertura inclui a participação de diversos profissionais, como psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, pedagogos, psicopedagogos, neurologistas, psiquiatras e outros especialistas necessários para o tratamento.